"Admirável Mundo Novo", escrito por Aldous
Huxley em 1931, destaca-se pelo caráter visionário, embora Huxley observe (em
prefácio de 1946) não estar muito preocupado com o avanço da tecnologia em si,
mas em como o desenvolvimento científico afetaria a vida do homem em sociedade.
O autor descreve uma sociedade futura onde os
indivíduos são condicionados a um papel social antes mesmo do nascimento - o ser
humano não seria mais concebido por métodos naturais, seria incubado em órgãos
do Estado, que já condicionaria os indivíduos para a função que desempenhariam
na sociedade.
Assim, o Estado substitui as famílias. E, além de
gerir os nascimentos, possui centros de condicionamento com função de preparar
os novos integrantes da sociedade não só para o trabalho, mas também para o
consumo e a vida sexual. Também não há tolerância com frustrações e
infelicidade, pois, para todas as intempéries, existe uma droga sem efeitos
colaterais.
Nesse sistema totalitarista não há espaço para quem
pense diferente, para desenvolver a própria individualidade. O final do livro mostra
isso de forma trágica, com a vitória da mesmice, do condicionamento, da lavagem
cerebral, sobre o pensamento livre.
REFERÊNCIA
CONSULTADA:
HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo.
Disponível em:
<http://pensamentosnomadas.files.wordpress.com/2013/06/aldous-huxley-admirc3a1vel-mundo-novo-lido.pdf>.
Acesso em: 11 jul. 2014.